terça-feira, 5 de maio de 2020

SAMBA NA CRUZADA


SAMBA NA CRUZADA.
Na nossa rede de vôlei na praia tínhamos amigos de todo tipo, entre eles o Sabará que eu admirava muito e fizemos uma amizade porreta.
Num sábado, chegou e falou que dona Ana sua patroa tinha feito uma feijoada e mandou me convidar. Pra reforçar o convite falou que a "fulana" uma morena cor de canela perfeita, parecia uma boneca de madeira feita no torno por Leonardo Davinci, estaria lá.
Antecipamos o final da nossa participação na rede e rumamos para o ap do Sabará.
Fomos recebidos pelo carinho de Dª Ana e suas três crianças.
Para aumentar o espaço exíguo do conjugado, as camas eram de armar e ficavam presas à parede.
A radiola com os Lps ao lado da nossa mesa. Mesinha de duas tábuas de um metro, suficiente para colocar o prato do tira gosto.
Pinga pra lá, cerveja pra dentro o samba foi esquentando.
A morena sambava com manimolência e me deixava louco.
No auge do samba, Dª Ana aos berros:
Carlinhos (Sabará) as crianças estão lá em baixo e os meninos estão trocando tiros!
Sabará desceu alucinado e gritou para os meliantes:
Para!
Pararam de atirar. O Sabará pegou os dois filhos no colo, e falou:
Podem continuar!
O samba reiniciou e "entre mortos e feridos salvaram-se todos!"
05/05/2020
Pedro Parente.

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