quinta-feira, 29 de fevereiro de 2024

DUAS HISTORINHAS

DUAS HISTORINHAS 05/03/2001

Há alguns dias atras, estávamos sentados à mesa em nosso já tradicional foro de debates, na Confeitaria da Vovó e da conversa participavam Judas, Demônio, Gafanha e nosso glorioso Miguelzinho com a peculiaridade de, caso crescesse mais alguns centímetros, talvez alcançasse a estatura de 1 (um) metro de altura.
Contam que o Miguelzinho fora um habilidoso ponta direita do Atletic tendo jogado também em outras equipes de renome em Minas Gerais. Sua maior honra é ser afilhado de casamento do grande meio-campista do Cruzeiro, Zé Carlos que fazia ala com Dirceu Lopes.
O assunto era futebol quando começamos a lembrar de alguns cognomes de grandes jogadores do passado: Leônidas - o “Diamante Negro”; Ademir - o “Queixada”; Didi - o “Príncipe Etíope”; Nilton Santos - o “Enciclopédia”; Garrincha - a “Alegria do Povo”; Orlando - o “Pingo de Ouro”; Baltazar - o “Cabecinha de Ouro”; Pepe - o “Dama Patuda”; Danilo - o “Príncipe”; Gerson - o “Canhotinha de Ouro”; Amarildo - o “Possesso”; Jairzinho - o “Furacão da Copa”; Raul - o “Wanderléia”; Rivelino - a “Patada Atômica”; Almir - o “Pernambuquinho”; Silva - o “Batuta”; Zico - o “Galinho de Quintino”; Roberto - o “Dinamite”; Caio - o “Cambalhota”; Fio - “Maravilha”; Pelé - o “Rei” e os nossos Renato - o “Espingarda”; Wilson - o “Vedete” e, finalmente, Miguelzinho - o “Pigmeu das Alterosas”, batizado com essa pérola de antonomásia, naquele instante, pelo espirituoso Judas.
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Certo dia, uma segunda feira, quando morava em uma república de solteiros em São Paulo, meu amigo Álvaro, levantou-se de manhã com uma pequena ressaca moral e uma grande saudade de nossa boa terra.
Já havia acontecido em ocasiões anteriores e buscou consolo numa agência do Banco de Crédito Real naquela cidade.
Pensou:
- Vou ver se encontro algum conhecido para me dar notícias frescas de São João!
Assim fez. Chegando naquele estabelecimento bancário, deparou com longas filas, o que é comum em se tratando de uma segunda feira.
Procurou, procurou até que descobriu uma cara conhecida.
De alma nova, cheio de ânimo dirigiu-se àquele cidadão que pacientemente aguardava sua vez em frente ao caixa.
Num gesto amigo, bateu no ombro do rapaz e falou:
- Que bom te encontrar! Como vai São João?
- São João? Intrigado respondeu o rapaz.
- É sô! São João del-Rei, nossa terra. Insistiu Álvaro.
- Não, nunca estive em São João?
- Uai! De onde então eu te conheço?
- Sou teu companheiro de quarto na república do Largo do Arouche.
( Feche-se o pano, correndo! )

Pedro Parente

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