MINEIRO.
Esse povo singular que habita Minas Gerais tem peculiaridades próprias.
Laboriosos, altamente financistas que alguns despeitados chamam de “pão duro”, sistemáticos que é uma palavra muito usada por essas bandas onde moro, que designa metódico ou intransigente, de um modo geral muito reservados.
Dentro dessas características, tive o prazer de disfrutar da amizade de Donato, Waldo e Nézio. Três pretos que lhes tenho apreço mais do que irmãos.
Pois bem, Donato era motorista profissional trabalhava numa empresa de transportes com viagens contínuas à São Paulo. Adorávamos sua prosa no bar após o consumo de umas e outras.
Num desses encontros, já entusiasmado, com seu jeito manso de falar, contou que estava numa via movimentada daquela metrópole dirigindo o Mercedes 1113 da empresa que trabalhava, quando ouviu o som de sirenes na sua lateral. Eram motoqueiros batedores na frente de um automóvel Mercedes do ano.
Encostou bem para a direita para dar passagem, quando de dentro do carro um cidadão negro no banco de trás, botou o braço para para foro e acenou amistosamente gritando:
- Tudo bom Donato?
Surpreso, custou reconhecer, era o PELÉ!
Aplausos!
31/12/2023
Pedro Parente
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