ANO NOVO
Feriado universal homenagem
a Confraternização dos Povos.
Aqui em casa, regozijo-me
também com a chegada da chuva. Mansa, prolongada e revigorante.
A natureza agradece.
Parece que ouço o sorriso das plantas manifestando o prazer de tão abençoado
banho.
No fogão a lenha ao
crepitar do fogo, cozinha um feijãozinho incrementado com torresmo, focinho e
orelha de porco caipira.
Duas cachorras minhas
companheiras fingem descansar tirando uma boa soneca para compensar a noite de
horror que passaram com o estampido dos foguetes do réveillon. Uma é caipira, “negra
como as asas da graúna” a outra é meio-sangue, por isso mesmo, menos
inteligente. Qualquer movimento nas panelas, ambas levantam as orelhas
imediatamente.
No alto da Serra São José
observo há anos uma pequena árvore que insiste em sobreviver as queimadas que
ocorrem ocasionalmente, muitas vezes por autocombustão.
Nesse ambiente, embalado
pela chuva, me aprofundo em meus pensamentos e sinto meus fantasmas levitarem
ao meu redor.
Aproveito a deixa e no
meu copinho tradicional coloco uma dose da pura cachaça da nossa região.
Pequenas doses, repetidas vezes.
Hora do almoço. Feijão, angu,
verdurinha e carne cozida.
Uma boa sesta na rede que
trouxe de Belém e esperar a entrada do próximo ano de 2025.
Também, não sou de ferro!
1º/01/2024
Pedro Parente
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