sábado, 27 de fevereiro de 2021

LUÍS PEIXOTO

 LUIS PEIXOTO.

Luís Carlos Peixoto de Castro (Niterói, 2 de fevereiro de 1889 —Rio de Janeiro, 14 de novembro de 1973) foi um letrista, teatrólogo, poeta, pintor, caricaturista e escultor brasileiro. [1]. Era sobrinho por parte materna do compositor Leopoldo Miguez[2].

Peixoto foi parceiro de grandes personalidades da música brasileira como Custódio Mesquita, Chiquinha Gonzaga, Ari Barroso, José Maria de Abreu, bem como teve suas letras cantadas por Carmen Miranda, Elizeth Cardoso, Maria Bethânia e Gal Costa. Trabalhou em jornais e revistas como redator e caricaturista. Por 45 anos foi um dos nomes mais importantes do teatro de revista do Brasil, tendo produzido mais de cem peças do gênero [3][4]. (Wikipédia).

Flávio Carneiro da Cunha amigo inseparável na minha passagem pelo Rio de Janeiro. Boêmio que passava a noite admirando sua mulher Violeta Cavalcanti encantando plateias com sua voz maravilhosa de cantora da Rádio Nacional, com um detalhe nenhuma bebida alcoólica, somente cafezinho e Coca-Cola ela gostava de bons conhaques.

Contou-me que o Luiz Peixoto, possuidor de um talento incrível, trabalhava na revista Careta como caricaturista e colunista a época em que Washington Luiz era Presidente do Brasil.

Certa manhã Luiz chegou à portaria da redação da Careta no mesmo instante em que chegava um entregador de lavanderia com uma batina de padre católico e algumas estolas. Claro que o menino estava no endereço errado, mas o Luiz, muito sagaz, pagou pelo serviço e resolveu pregar uma peça em seu companheiro o presidente da revista.

Fantasiou-se de monsenhor e subiu até a sala do amigo. Lá chegando, meteu a mão na maçaneta e adentrou ao recinto, para surpresa sua encontrava-se ali nada menos que o Presidente do Brasil em uma visita de cortesia a fim de que as críticas da revista lhe fossem mais amenas.

Surpresos, porém três artistas de grande talento não perderam a fleuma!

Cumprimentaram-se e o Presidente num gesto de respeito fez uma genuflexão e beijou o anel na mão do Luís.

A longa conversa desenvolveu-se em tom altamente intelectualizado inclusive em temas religiosos para satisfazer a curiosidade do Presidente. 

Ao final, Luís abdicou de ofertas para melhoria de sua paróquia, despediu-se.

Às pressas trocou de traje e sumiu da redação antes que o Presidente o flagrasse em traje de passeio.

No dia seguinte voltou ao trabalho e encontrou-se com seu amigo diretor da revista que entre risos disse que o Presidente havia ficado encantado e enviava recomendações ao MONSENHOR PEIXOTO!


27/02/2021

Pedro Parente



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