segunda-feira, 27 de fevereiro de 2023
CANOA A VELA
segunda-feira, 20 de fevereiro de 2023
IMPRUDÊNCIA
IMPRUDÊNCIA
Após a construção de uma rotatória imprudente na avenida Luiz Giarola a transformando em obstáculo para motoristas conscientes,
O efeito foi contrário para aqueles que não temem por sua vida e põe em risco a vida alheia.
Motos e carros transformam-se em verdadeiros bólidos.
Numa dessas madrugadas um desses irresponsáveis, atropelou a rotatória e foi parar no outro lado com um carro de alto valor todo danificado, felizmente o anjo da guarda do audacioso piloto estava de plantão o protegendo da morte.
Antes que seja tarde, a fim de proteger as famílias e os transeuntes que por aqui trafegam, alguns trabalhadores que usam bicicletas e outros desportistas, torna-se urgente a instalação de redutor de velocidade eletrônico, os “pardais” para conter o ímpeto desses inconsequentes.
Paralelo a esse perigo, agora uns motoqueiros resolveram empinar suas motos, na rua que dá acesso ao condomínio Capanas del Viento”.
Incrível a falta de respeito com os moradores daqui onde ates era um lugar calmo e bucólico.
A “força do progresso” derrubou uma floresta que está sendo substituída por mansões de concreto daqueles protegidos pela sorte.
Dizia Nelson Gonçalves em uma de suas belas canções:
“O que fazer?
Não pode haver retrocesso
Ante a força do progresso
Meu violão silencia.”
20/02/2023
Pedro Parente
segunda-feira, 13 de fevereiro de 2023
PORTA AVIÕES SÃO PAULO
quarta-feira, 8 de fevereiro de 2023
EM NOME DO PROGRESSO
EM NOME DO PROGRESSO.
Quando comprei o terreno onde construí minha casa, achei que havia acertado com a escolha do local.
Terreno de meia-encosta onde havia apenas capim brabo, cascalho, cercado com arame farpado surrado e enferrujado pelas intempéries.
Na frente, uma mata fresca, uma estradinha de terra, serventia de algumas reses que transitavam à procura de pasto e alguns raros automotivos.
O tesouro do terreno é uma cisterna que comporta setenta mil litros d’agua potável produzida por três nascentes naturais que já encontrei e foi incluída na compra.
Pois bem, nesse ambiente bucólico, comecei a urbanizar o local para construir minha casa que depois de alguns anos conclui.
O tempo passa e com ele vem o progresso avassalador que não olha onde pisa.
Asfaltaram a estradinha que virou avenida e a mata exuberante que existia foi derrubada para dar lugar ao concreto de um condomínio de luxo. Onde os semoventes caminhavam preguiçosamente, transformou-se em pista de corrida para carros e motos desafiarem as leis de trânsito abusando do excesso de velocidade expondo a vida em risco de pedestres desatentos, pois ali não tem meio-fio.
Em frente ao portão da minha casa, construíram uma rotatória de mau gosto e super dimensionada privilegiando a entrada do condomínio. Estreitaram a pista e o que era avenida virou rua.
Há algum tempo, um automóvel de alto custo dirigido por um jovem milionário atropelou a rotatória em alta velocidade. Voou e caiu do outro lado com muitas avarias no bólido. Felizmente era de madrugada e a cidade dormia.
Antes que seja tarde alguma providência tem que ser tomada. Ou se refaz o projeto da rotatória ou se coloque um redutor eletrônico de velocidade.
Não quebra-molas que ajudam a punir aqueles que trafegam dentro da lei danificando seus veículos.
Esta é minha visão que compartilho com meus amigos.
08/02/2023
Pedro Parente
sexta-feira, 3 de fevereiro de 2023
TRABALHO BRAÇAL
Na década de 70 durante a época do “Milagre Brasileiro”, o Governo Federal do alto da sua incompetência e corrupção, criou a Ferrovia do Aço – a obra dos mil dias.
Seu traçado passava próximo a São João del-Rei, tornando-se assim uma excelente cidade como ponto de apoio para engenheiros e funcionários da administração das empreiteiras executoras da obra.
A cidade foi invadida. Os aluguéis de casas e apartamentos dispararam. Todos lucraram, como o comércio em geral e proprietários de imóveis. Os bares, a noite, ficavam lotados.
Dentre os vários engenheiros com quem convivi, um deles, contou-me que sua empreiteira pegou uma obra no Iraque, lá no meio daquele deserto insólito.
Para trabalhar naquelas condições inóspitas, era comum buscarem mão de obra barata e que suportasse o calor do deserto, então iam ao interior do nordeste onde a seca sacrificava seus habitantes que pediam socorro e os recrutavam.
Certa feita, numa dessas empreitadas, dois amigos, dando graças pelas vagas, aceitaram o serviço. Se despediram e foram para o aeroporto.
Muito desconfiados entraram no avião, sentando-se um ao lado do outro.
Seu contrato de trabalho era para fazer massa, isto é, misturar o cimento, areia e brita. Um serviço braçal extenuante.
Depois de muito voar atravessando o Atlântico, o avião se preparou para aterrissar sobrevoando o campo de pouso no meio do deserto com imensas dunas.
Os dois, olhando pela janela e vendo aquelas montanhas de areia, um deles falou naquele sotaque carregado do sertanejo:
- SEVERINO! QUANDO CHEGÁ O CEMENTO NÓIS TÁ FERRADO!
03/02/2023
Pedro Parente
TRABALHO BRAÇAL
TRABALHO BRAÇAL
Na década de 70 durante a época do “Milagre Brasileiro”, o Governo Federal do alto da sua incompetência e corrupção, criou a Ferrovia do Aço – a obra dos mil dias.
Seu traçado passava próximo a São João del-Rei, tornando-se assim uma excelente cidade como ponto de apoio para engenheiros e funcionários da administração das empreiteiras executoras da obra.
A cidade foi invadida. Os aluguéis de casas e apartamentos dispararam. Todos lucraram, como o comércio em geral e proprietários de imóveis. Os bares, a noite, ficavam lotados.
Dentre os vários engenheiros com quem convivi, um deles, contou-me que sua empreiteira pegou uma obra no Iraque, lá no meio daquele deserto insólito.
Para trabalhar naquelas condições inóspitas, era comum buscarem mão de obra barata e que suportasse o calor do deserto, então iam ao interior do nordeste onde a seca sacrificava seus habitantes que pediam socorro e os recrutavam.
Certa feita, numa dessas empreitadas, dois amigos, dando graças pelas vagas, aceitaram o serviço. Se despediram e foram para o aeroporto.
Muito desconfiados entraram no avião, sentando-se um ao lado do outro.
Seu contrato de trabalho era para fazer massa, isto é, misturar o cimento, areia e brita. Um serviço braçal extenuante.
Depois de muito voar atravessando o Atlântico, o avião se preparou para aterrissar sobrevoando o campo de pouso no meio do deserto com imensas dunas.
Os dois, olhando pela janela e vendo aquelas montanhas de areia, um deles falou naquele sotaque carregado do sertanejo:
- SEVERINO! QUANDO CHEGÁ O CEMENTO NÓIS TÁ FERRADO!
03/02/2023
Pedro Parente