A VIDA COMO ELA É - Tenho um bom amigo chamado Júlio de ótima voz,
seresteiro dos bons. Ganhou a vida como taxista em Belo Horizonte.
Frequentemente viajava levando passageiros até Brasília.
Numa dessas viagens, passou na casa de seus parentes e lá encontrou uma
tia desesperada tendo uma criança de oito anos no colo portadora de um
sério problema em um dos olhos.Já havia feito de tudo e a doença não
regredia.
Julinho com toda sua experiência e por absoluta
coincidência, levava no porta luvas do seu carro, uma pomada oftálmica
muito poderosa.
Não hesitou em doar a pomada aquela pessoa necessitada e seguiu em frente.
Perdeu o contato com o aquele povo.
O ocorrido foi em 1984.
Em março de 1992 Julinho recebeu uma singela carta daquele menino agora
com 26 anos agradecendo a generosidade e que aquele medicamento havia
lhe salvo a vista.
A vida nos da sinais que muitas vezes não percebemos.
Aquela criança teria que receber uma visita inesperada e por coincidência portando o milagroso medicamento?
Sempre me emociono quando lembro do fato.
Tenho a carta para o Júlio e hoje, remexendo em meus alfarrábios
encontrei-a e resolvi dividir minha alegria de um pequeno gesto com
vocês.
13/10/17
Pedro Parente
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