segunda-feira, 9 de outubro de 2017

REMINISCÊNCIA

REMINISCÊNCIA - Todas as manhãs, acordo com uma música na cabeça. Hoje me bateu muita saudade.
Quando morava no Rio de Janeiro, durante os "Anos Dourados", tive a alegria de conhecer e tornar-me amigo de Adamastor Falcone (Tatô) e Thompson Carneiro da Cunha. Tatô, funcionário público graduado e Thompson também, do Banco do Brasil. Ambos boêmios de alta qualidade. Juntei-me a eles e fizemos grandes farras.
Os dois eram exímios tocadores de violão e Tatô possuía uma voz maravilhosa. Paraibanos de nascimento. Tatô, primo do Diomedes, Tidinho e da Neuzinha sãojoanenses filhos do Dr Garcia de Lima.
Os dois tinham em comum muito talento musical e compuseram uma linda melodia. Vários intérpretes tentaram gravar como Nelson Gonçalves, Silvio Caldas e etc... porém o não permitiram por pura modéstia. Diziam que a música era para momentos deles.
Naquela época dava-se ênfase à melodia e também a letra das composições.
A suavidade das canções massageava nossos corações. Verdadeiros poemas. Não feriam nossos ouvidos.
Como registro deixo aqui a poesia da letra.

Serpentina multicor/ Que enfeitastes o salão/ E agora pelo chão/ Vais rolando esquecida/ Tu me lembras meu amor/ Que andou de mão em mão/ E não tendo coração/ Não sentiu passar a vida///
Oh! você que hoje passa/ Esbanjando amor e graça/ Nesta sua ânsia louca/ Colibri que anda voando/ Seu amor banqueteando/ Dá seu beijo a toda boca/ Veja bem que o tempo voa/ Que esta fase boa/ Vai chegando ao seu final/ Minha linda colombina/ Olha aquela serpentina/ Teu fim será igual.
Pedro Parente
09/10/1

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