CONTO
DA CAROCHINHA
Naquele tempo, na aldeia
do Leblon no nosso querido Edifício dos Jornalistas no Jardim de Alah, havia
uma galera enorme de jovens de todos os tipos de personalidade.
Entre eles, tinha um que
era calmo, reservado de poucas palavras, boa pinta e de muita sorte com as
moças. Nem tão moças, nem tão velhas o rapaz sempre tinha uma atenção especial
que dedicava a elas.
Num domingo a tarde,
daqueles que convidam à depressão e à ressaca moral, nosso amigo que estava “chutando
lata” vagando pelo canal rumo à praia foi parar sentado em um daqueles bancos
tradicionais da orla marítima.
Ficou ali quieto durante
algum tempo assistindo o movimento de carros e Lambretas fazendo o “corso”.
Eis que de repente, passa
um automóvel Mercedes com o motorista de quepe e luvas brancas e no banco
traseiro uma linda passageira solitária.
Passou muito lentamente
olhou sorrindo para o rapaz que lhe retribuiu o sorriso e seguiu.
Minutos depois volta o carro
desta vez parando em frente ao nosso amigo.
A moça desceu, sentou-se
a seu lado entabularam uma conversa amistosa e pediu que ele a acompanhasse.
Prontamente atendeu
Daí por diante, todo
final de semana, vinha um avião do Paraguai busca-lo para o fim de semana em
terras guarani, pois tratava-se da filha de um general ligado aquele governo.
Com inveja, passei a
sentar-me no ditoso banco na esperança de um repeteco.
“Ledo engano!”.
Nenhuma moça nem de
bicicleta que me olhasse.
Desilusão de um
conquistador barato.
13/04/2020
Pedro
Parente
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