quinta-feira, 4 de maio de 2023

desatenção

 DESATENÇÃO

Na caminhada nesta jornada pela vida breve, muitas vezes passam despercebidos fatos muito interessantes.

A minha caminhada foi longa em quilômetros, pois vindo de Belém. até chegar aqui foram mais de três mil quilômetros. 

Fiz uma escalada de dez anos no Rio de Janeiro para poder adquirir a simpatia, hospitalidade e a “malandragem” do carioca.

Hoje nas minhas lembranças, veio-me à tona, um grande amigo garçom que me atendeu, esse tempo todo, nas minhas noites de boemia no Garden Bar no Leblon. 

Seu nome Napoleão. Pessoa humilde, gentil, educado e generoso. Pessoa de confiança do proprietário que algumas vezes o substituía. Morava em N. Iguaçu. Atravessava a cidade para trabalhar, praticamente morava na condução.

Certas horas tomava conta de mim, ficava observando até eu chegar no meu prédio de moradia.

Conversávamos muito. Com ele aprendi a olhar em minha volta para aqueles que nos servem e nos assistem.

Quando vim para Minas sempre que ia ao Rio, em primeiro lugar ia vê-lo.

Me dava notícia de todos os companheiros frequentadores daquela época. Numa dessas idas me comunicou que um de seus filhos havia se formado em medicina.

Fiquei feliz. Naquela época filho de pobre formar em medicina era muito mais difícil que hoje.

Seu sacrifício não foi em vão. O tenho como exemplo de abnegação pelo prêmio da conquista de seu filho.

Onde estiver meu amigo vai meu abraço e minha lembrança. 

04/05/2023

Pedro Parente


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