MOSQUEIRO
Não sei mais como é hoje.
No meu tempo de colegial havia férias escolares em julho e final do ano, dezembro e janeiro. Sendo daqueles alunos que procuram a última fila de carteiras nas salas de aula adorava ficar o dia inteiro na praia por conta “do à toa”.
Por doença do meu irmão, meu pai fora aconselhado pelo médico da família que fosse para praia. Foi construído um chalé de madeira avarandado em frente à Praia Grande na Ilha de Mosqueiro o balneário escolhido por veranistas endinheirados que exploravam a borracha e o cacau da Amazônia.
O transporte era feito de navio Mamãe saia de casa somente nesse dia ou para alguma procissão.
Coitada!
Tinha que levar tudo, até as panelas e o fogão, pois se deixássemos lá não encontraríamos nada.
O que era colônia de pescadores transformava-se em colônia de pecadores, ladrõezinhos descuidistas.
As férias do meu pai não coincidiam com as nossas Eu tinha pena dele. Chegava no navio diariamente no início da noite e as cinco horas tinha que estar no ponto do micro ônibus que corria a ilha pegando os passageiros que iam para Belém.
Não faltava um só dia!
16/08/2024
Pedro Parente
MOSQUEIRO
Não sei mais como é hoje.
No meu tempo de colegial havia férias escolares em
julho e final do ano, dezembro e janeiro. Sendo daqueles alunos que procuram a
última fila de carteiras nas salas de aula adorava ficar o dia inteiro na praia
por conta “do à toa”.
Por doença do meu irmão, meu pai fora aconselhado pelo
médico da família que fosse para praia. Foi construído um chalé de madeira avarandado
em frente à Praia Grande na Ilha de Mosqueiro o balneário escolhido por
veranistas endinheirados que exploravam a borracha e o cacau da Amazônia.
O transporte era feito de navio Mamãe saia de casa
somente nesse dia ou para alguma procissão.
Coitada!
Tinha que levar tudo, até as panelas e o fogão, pois
se deixássemos lá não encontraríamos nada.
O que era colônia de pescadores transformava-se em
colônia de pecadores, ladrõezinhos descuidistas.
As férias do meu pai não coincidiam com as nossas Eu
tinha pena dele. Chegava no navio diariamente no início da noite e as cinco horas
tinha que estar no ponto do micro ônibus que corria a ilha pegando os
passageiros que iam para Belém.
Não faltava um só dia!
16/08/2024
Pedro Parente
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