sábado, 29 de junho de 2024

MONTMARTRE SÃOJOANENSE

 MONTMARTRE SÃOJOANENSE

Sou brasileiro que vou morrer com o Passaporte em branco. Nunca fui ao exterior por falta de dinheiro ou curiosidade. Tive momentos de dúvidas quando meu pensamento me transportava as minhas origens no país italiano, porém abusando da tecnologia moderna na tela do computador visitei muitos países do mundo evitando o estresse de passar horas dentro de um avião na travessia do Atlântico. Tenho como consolo a aula ministrada por Ariano Suassuna onde debocha dessa situação de sertanejo fixo no seu pedaço do sertão brasileiro.

Essa condição não impediu de pesquisar principalmente, as cidades mais famosas do mundo. Assim foi que me detive sobre os bairros de Paris e ali encontrei Montmartre, segundo a literatura, o bairro mais boêmio de Paris. Afastado em uma colina abriga boêmios, pintores e outros amantes das artes.

Nas minhas quimeras, pela similitude elegi o Bairro do Bonfim aqui em São João del-Rei a minha Montmartre.

Lá frequentei e morei durante tempos felizes da minha vida. Haviam vários bares muito bem servidos pela família de seus proprietários. Ambiente familiar e sem preconceitos, sentavam-se a mesma mesa pessoas de diferentes credos, opinião, cor e nível social. Não me lembro de ter presenciado nenhuma desavença.

Na medida que a cerveja ia subindo, os frequentadores deixavam a timidez de lado, os músicos se aglutinavam e a madrugada terminava ao som de belas canções seresteiras.

Me parece que hoje somente o Penas Bar da família do Marcelo, Marcos, Alemão e outros, resiste heroica e honestamente atendendo à sua vastíssima clientela naquela Praça.

Hoje, fato recorrente, sonhei com meus amigos Alaur, Antônio José, sua esposa, Bolão, Aldo... numa daquelas noites encantadas e acordei chorando.

No final da rua João da Mata, no bar do Antônio José, em sua casa, havia as “Terças do Aldo” nas noites das terças-feiras. Grande voz que se acompanhava ao violão. 

Um show inesquecível.

O barbeiro é além do seu ofício, um contador de causos inusitados, transformando seu salão em um verdadeiro palco onde desopila o fígado dos frequentadores que vão lá só com a finalidade de rir. No final do dia pinga e um pedaço de mortadela cotizada pela rapaziada. 

Tudo de bom! 

A vida é madrasta! 

Nos presenteia com a vida e alguns momentos de prazer, depois nos toma tudo!

Vida que segue!

29/06/2024

Pedro Parente


quinta-feira, 27 de junho de 2024

VALORIZAÇÃO DO TRABALHO

 VALORIZAÇÃO DO TRABALHO

Tenho ouvido, algumas pessoas reclamando, muito indignadas por não encontrar mais pessoas dispostas a prestar serviços nas casas de moradia, na forma de “bico”. 

Essas pessoas no final da tarefa eram remuneradas com um prato de comida e um pouco de dinheiro insuficientes no trato de si próprio e muito menos de sua família.

Parece que o tempo mudou e ensinou alguma coisa aos menos protegidos pela sorte de não terem nascido em família pródiga. 

Foi-se o tempo em que no anúncio da venda de imóveis, constava: “Apartamento com quarto de empregada” discriminando aquela pessoa humana que por vezes desempenhava a função de mãe. 

Sem hora de folga, levantava-se cedinho para preparar o café e ia trabalhando até servir o jantar ou a ceia. Após lavar a louça, banho e cama. Exausta não tinha ânimo de ir à rua, também porque naquele horário o comércio já estava fechado restando apenas bares e restaurantes.

Muitos falam que “são vagabundos e não querem trabalhar!”.

“Ledo engano!”

Ao longo de vários anos após aplicação de vários projetos sociais aprenderam a valorizar seu esforço pessoal, seu trabalho.

Na minha maneira de ver essa transformação, percebo um avanço da classe operária, não aqueles que exercem suas funções em grandes empresas e que não podem administrar seus salários restando a eles apenas aceitar aquilo que lhes impõem.

Me refiro aos autônomos. 

Por exemplo, uma boa diarista que tenha sua agenda lotada e é fato comum, cobra R$200,00 (duzentos reais) o dia. Se ela quiser trabalhar somente cinco dias da semana estará recebendo mil reais. O mês tem quatro semanas ela apura R$4.000,00. Recebe a vista, sem nenhum desconto e burocracia de recibos, folha de pagamento. Tem o final de semana livre para seu descanso e lazer com a família. Administra seu trabalho e orçamento, se quiser paga a previdência através de carnê.

Vida muito mais digna e decente!

27/06/2024

Pedro Parente




terça-feira, 25 de junho de 2024

AVENTURA PRAIANA

 

AVENTURA PRAIANA

Sem distinção e sem preconceito nossa turma na praia possuía todos os matizes, negros e brancos; ricos e remediados; jovens e maduros.

Só alegria!

Algumas vezes uma “arengação” (desentendimento), porém só durava até a descida do chope gelado do Clipper goela abaixo.

Vivíamos em harmonia e uma convivência pacífica respeitando-se ideias e opiniões divergentes.

Nesse clima de alegria, a cada minuto uma conversa inventando uma nova aventura.

Certo dia, conforme combinado no final de semana anterior, alguns ousados e destemidos “marujos” que tinham domínio sobre o mar chegaram a praia carregando câmaras de ar de pneu de caminhão devidamente calibradas no Posto do Paulinho na esquina do canal do Jardim de Alah.

Eram uns dez rapazes. Lançaram-se ao mar que naquele dia estava calmo rumo às Ilhas Cagarras. Todas de pedra e distante cinco quilômetros da praia do Leblon. Não dá para descansar, pois não tem praia. A correnteza é muito forte. Ali faleceu o técnico do Flamengo Cap. Cláudio Coutinho praticando pesca submarina.

Nossos intrépidos marinheiros não tendo como descer, resolveram voltar pois a sede já começara a fazer efeito e os imprevidentes não levaram água de beber.

De repente de uma hora para outra, “o tempo virou”. Na linguagem praiana significa que mudou para pior.

As dificuldades aumentaram. O vento sudoeste entrou contudo transformando a aventura num pesadelo.

Uma das boias furou sobrecarregando aquela que restou. Fizeram revezamento. Enquanto uns nadavam outros descansavam na boia. As coisas ficaram difíceis e o cansaço tomou conta dos rapazes.

A salvação é que o vento sudoeste sopra em direção ao litoral ali naquele ponto, assim sendo ajudou a empurrá-los na direção da praia.

Conseguiram chegar extenuados na praia já vazia pela ação do vento.

Todos salvos!

No dia seguinte, depois do susto, só comentários. Alguns riam e outros ainda com taquicardia.

Não houve “segunda vez”!

25/06/2024

Pedro Parente

segunda-feira, 24 de junho de 2024

TALENTO MUSICAL

 TALENTO MUSICAL

Outrora, quando o Rio ainda era a Capital do Brasil, o mundo era outro, ainda campeava uma certa inocência entre as pessoas. 

Dificuldades para ganhar o pão sempre existiu e as pessoas usavam de seu talento e criatividade para superá-las.

Nessa lida diária tendo que “matar um leão por dia” os mais prejudicados, como sempre, são os mais pobres, normalmente moradores do morro que por estarem mais perto do céu parece um incentivo à poesia.

Nesse ambiente os talentos do morro se reuniam e produziam músicas que eram verdadeiras obras de arte onde o samba era preponderante.

Era comum as parcerias entre amigos na composição das músicas, mas o problema estava na divulgação feita somente através das Rádios AM e Ondas Curtas que tinham longo alcance. Ainda hoje a região amazônica é coberta pelo Rádio por motivos óbvios.

Pois bem os compositores dependiam de alguém que se interessasse por suas obras, para isso faziam fila na porta da Gravadora Odeon, na rua Visconde de Inhaúma no Centro a procura de um daqueles grandes intérpretes. 

Muitas obras eram escritas em “papel de pão.” Quando aparecia um cantor virava um tumulto terrível, todos com seus papéis em punho rodeavam aquele que poderia ser a tábua da salvação na defesa do “leite das crianças”.

Muitos compravam, colocavam seu próprio nome e recebiam os direitos autorais.

Contam que no morro da Mangueira haviam dois compositores e intérpretes famosos Cartola e Nelson Cavaquinho. 

Certo dia os dois se encontraram e o Cartola falou:

- Nelson tem um negão aí no morro dizendo que aquele samba que fizemos em parceria é dele, como é isso?

- Cartola meu amigo, a minha parte eu vendi!

Se abraçaram e foram tomar mais uma na baiuca. 

24/06/2024

Pedro Parente


sábado, 22 de junho de 2024

ESTACIONAMENTO

 

ESTACIOAMENTO.

Quando morei no Rio, anos 60, o fusca dominava as ruas da cidade.

Era o mais querido e preferido pela moçada. Botinha sem meia, calça jeans e blusa vermelha compunham o uniforme dos proprietários, claro que tinham as exceções dos mais velhos e comportados cidadãos que com dificuldade adquiriam seus carrinhos.

Era tão simpático o fusca que o Jorge Bem Jó compôs uma música o incluindo: ...” tenho um fusca e um violão/sou Flamengo tenho uma nega chamada Tereza...”.

Com tanta propaganda a moda me pegou.

Grana curta tive que fazer umas estrepolias, tomei dinheiro emprestado, trabalhei fazendo horas extras no Banco e adquiri um fusquinha usado que virou meu xodó. Coloquei dois faróis de milha um sonzinho e fui em frente, rindo de orelha a orelha achando que estava num Porsche.

Já naquela época começava a dificuldade de se encontrar vaga e os estacionamentos, praticamente não existiam.

Uma noite cheguei do trabalho no fusquinha e encontrei uma vaga exprimida em frente ao prédio dos Jornalistas onde eu morava. Era hábito nas vagas de ruas, deixar os carros com a direção reta e os freios de mãos abaixados ficando os carros soltos para facilitar a manobra dos usuários. Somente os que ficavam no fim e no começo da fila é que puxavam os freios.

Muito democrático!

Numa atitude muito egoísta, consegui enfiar o fusquinha naquela vaga diminuta não deixando espaço para quem fosse sair poder manobrar.

Entrei no bar do Seu Antônio, português boa praça, lhe pedi uma bebida, quando entra um homem branco, vermelho de ódio estampado no seu rosto, se dirigiu a mim e perguntou de quem era aquele fusca que o imprensou na vaga?

O homem estava possesso. Tive medo!

Pensei comigo: Qualquer atitude em falso corro o risco de levar um tiro no peito e morrer por causa de uma vaga.  Poderia ter tirado meu carro para ele sair, pois era mais velho. Fiquei na minha, fiz cara de paisagem e ouvido de mercador saí de fininho.

Depois de várias manobras o homem foi embora cuspindo maribondos.

Superado aquele momento de tensão, sentei- numa mesinha de ferro do boteco e relaxei tomando uma boa cerveja com uma guiazinha de Pitu.

“Mas vale um covarde vivo do que um herói morto!”

22/06/2024

Pedro Parente

ESTACIOAMENTO.

Quando morei no Rio, anos 60, o fusca dominava as ruas da cidade.

Era o mais querido e preferido pela moçada. Botinha sem meia, calça jeans e blusa vermelha compunham o uniforme dos proprietários, claro que tinham as exceções dos mais velhos e comportados cidadãos que com dificuldade adquiriam seus carrinhos.

Era tão simpático o fusca que o Jorge Bem Jó compôs uma música o incluindo: ...” tenho um fusca e um violão/sou Flamengo tenho uma nega chamada Tereza...”.

Com tanta propaganda a moda me pegou.

Grana curta tive que fazer umas estrepolias, tomei dinheiro emprestado, trabalhei fazendo horas extras no Banco e adquiri um fusquinha usado que virou meu xodó. Coloquei dois faróis de milha um sonzinho e fui em frente, rindo de orelha a orelha achando que estava num Porsche.

Já naquela época começava a dificuldade de se encontrar vaga e os estacionamentos, praticamente não existiam.

Uma noite cheguei do trabalho no fusquinha e encontrei uma vaga exprimida em frente ao prédio dos Jornalistas onde eu morava. Era hábito nas vagas de ruas, deixar os carros com a direção reta e os freios de mãos abaixados ficando os carros soltos para facilitar a manobra dos usuários. Somente os que ficavam no fim e no começo da fila é que puxavam os freios.

Muito democrático!

Numa atitude muito egoísta, consegui enfiar o fusquinha naquela vaga diminuta não deixando espaço para quem fosse sair poder manobrar.

Entrei no bar do Seu Antônio, português boa praça, lhe pedi uma bebida, quando entra um homem branco, vermelho de ódio estampado no seu rosto, se dirigiu a mim e perguntou de quem era aquele fusca que o imprensou na vaga?

O homem estava possesso. Tive medo!

Pensei comigo: Qualquer atitude em falso corro o risco de levar um tiro no peito e morrer por causa de uma vaga.  Poderia ter tirado meu carro para ele sair, pois era mais velho. Fiquei na minha, fiz cara de paisagem e ouvido de mercador saí de fininho.

Depois de várias manobras o homem foi embora cuspindo maribondos.

Superado aquele momento de tensão, sentei- numa mesinha de ferro do boteco e relaxei tomando uma boa cerveja com uma guiazinha de Pitu.

“Mas vale um covarde vivo do que um herói morto!”

22/06/2024

Pedro Parente

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

segunda-feira, 17 de junho de 2024

SABARÁ

 SABARÁ

“Dom Hélder Câmara foi um dos fundadores da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em 1952, da qual foi secretário por 12 anos, e do Conselho Episcopal Latino-Americano (CELAM), em 1955.”

Na década de 50, por iniciativa de Dom Helder foi erguida no Leblon a Cruzada São Sebastião. Um conjunto habitacional destinado a abrigar a pobreza com mais dignidade. 

Num local super valorizado ao lado de clubes da elite branca e cheirosa é claro que causou indignação aos escravocratas, porém, Dom Helder um “cabra macho” não deu ouvidos às lamúrias e construiu l0 blocos com duas alas, mais de novecentos apartamentos pequenos, mas decentes. Quem os adquiriu comprometeu apenas 15% do salário mínimo em prestações de longo prazo sob a égide do Presidente Café Filho.

Foi aí que vivi vários momentos felizes da minha vida. 

Ali morava meu amigo Sabará. Negro esguio, de físico atlético, motorista de profissão, morador respeitado no recinto. Chamavam-no pelo nome de Seu Carlos.

O apartamento era muito pequeno e abrigava a família do Sabará, dona Ana e três filhos pequenos. 

A necessidade obriga o pobre a ser criativo e dar seu jeito. A cama das crianças era armada a noite. Durante o dia eram fechadas e dependuradas na parede da sala. O casal dormia num quarto separado.

Sabará jogava vôlei conosco na nossa rede de praia onde exercia sua função com maestria, suas cortadas eram indefensáveis. 

Certo dia me convidou para o aniversário de seu filho Fabinho e que ia rolar um samba. Imaginei como seria o samba em um espaço tão pequeno. 

Então vamos lá!

Num cantinho da sala, sob uma janela havia um toca-discos e vários vinis de samba do bom. Dona Ana me recebeu de braços abertos com muito carinho e sem nenhum preconceito de cor, pois eram todos negros de quem tenho imensa saudade.

Sabará acionou o som e começamos os “trabalhos”. Cerveja, pinga e tira-gostos da Ana.

O som do samba foi atraindo a rapaziada, a birita subindo e dali a pouco a casa estava cheia. A varanda de acesso à escada era comum para todos os moradores do andar. Ali, também, virou Sambódromo. A pressão aumentando, as mocinhas dando o recado com samba no pé e ninguém parado. Sorrisos e abraços não faltavam. 

Quanta felicidade!

De repente Ana grita:

-Carlinhos! Os meninos estão trocando tiros lá embaixo!

Sabará largou tudo desceu correndo e berrou com os delinquentes: 

- Para de atirar!

Pegou as crianças no colo em segurança e ao subir a escada ordenou:

-Pode começar!

Briga de compadre. Dois pivetes cada um atrás de um pilar gastando munição que quando acabou, correu um para cada lado.

Já em casa, com as crianças a salvo o samba continuou em harmonia.

Após suculenta feijoada e já de “cara cheia” todos procuraram seu rumo.

Só restou saudade daquele dia e do amigo Sabará e sua família.

14/06/2024

Pedro Parente





domingo, 16 de junho de 2024

AVERSÃO A GATOS

 AVERSÃO A GATOS

Quando criança morávamos em uma casa grande pois a família era numerosa. O quintal era proporcional a casa com muito espaço onde meu pai criava umas galinhas e cultivava arvores frutíferas.

Vivendo integrados com a natureza era comum a convivência com animais domésticos como cachorros e gatos. 

Certo dia uma das galinhas produziu vários pintainhos, entre eles, um destoava da cor amarela predominante. Era preto com manchinha amarela na crista. Preparei uma caixinha de papelão de guardar sapatos e dela fiz sua casinha. Forrei-a com algodão e areia. Naquela criaturinha depositei todo meu carinho infantil e nos tornamos amigos íntimos. Quando já franguinho me acompanhava pelos cômodos da casa sob bronca da minha mãe que não admitia sujeira dentro de casa.

Amanheceu corri para ver meu amiguinho e achei só penas que eram as digitais do gato. Naquele instante tive minha primeira decepção com o mundo, aquele animal malvado acabou com meu sonho. 

Guardo em minha retina aquela imagem até hoje!

Daquele dia em diante passei a ter repulsa por esse tipo de felino tratando-os com desprezo e rancor sem considerar que o animal apenas obedeceu seu instinto.

O tempo, mestre do mundo que coloca tudo em seu devido lugar, foi passando e eu carregando o rancor comigo. Mudei para minha casa onde vivo atualmente com minha família, mulher, filho, nora e uma linda netinha de três anos.

Nossa casa é retirada num agradável arrabalde onde travei uma luta inglória com ratos do campo que invariavelmente amedrontavam nossas moradoras. 

Bicho asqueroso e repulsivo não tinha nada que os detivesse. Lembrei-me que em minhas andanças ouvi alguém dizer que rato tem medo até do miado do gato. 

Impotente na minha luta, passei a mensagem para meu filho e minha nora. Não demorou um dia e eles chegaram com dois gatos, um adulto e outro filhote. 

Os ratos sumiram e eu me enchi de afeto por eles, o menor, muito audacioso sobe na minha cama e vai cheirar meu bigode, o adulto já é mais tranquilo enquanto escrevo me faz companhia salivando ao ver os passarinhos que voam de galho em galho no pé de manacá.

Agora em paz com os “bichanos” tento me redimir admirando-os.

“Somente os idiotas não mudam de opinião!” (NR).

Vida que segue!

16/06/2024

Pedro Parente


quarta-feira, 12 de junho de 2024

"Si hay gobyerno soy contra"

 "Si hay gobyerno soy contra"


Este é um lema usado na Europa em protesto contra administração do país. Surgiu na Espanha e adaptou-se ao mundo.

No Brasil não é diferente. 

Somente uma parte da população aceita a política administrativa exercida pelo Governo a outra parte se regozija com suas dificuldades. Até o congresso aliado ao Banco Central sabotam medidas urgentes benéficas à população. 

A mídia cheirosa omite as relevantes vitórias obtidas principalmente na área econômica que entre tantas trouxe o Brasil para o oitavo lugar entre as maiores economias do mundo tendo recebido do governo anterior em décimo terceiro lugar; superávit de US$ 3,6 bilhões no primeiro quadrimestre; conquista de milhares de empregos formais; baixa no preço dos combustíveis e várias outras conquistas sociais...

Deputados da oposição transformaram a Câmara num local de chicanas e ofensas exacerbadas aos adversários políticos. A própria mídia progressista por ter lutado para eleger o Lula, se acha no direito de criticá-lo diariamente, embora esteja ciente das dificuldades. 

O Gustavo Conde, grande defensor do Lula, produtor de várias “lives” diárias na Net, gasta metade do tempo em se vangloriar de suas virtudes pessoais, embora literato, se nivela a outros de menos cultura. Nas entrelinhas deixa escapar seus ciúmes de membros do governo e quando sobra tempo ataca a atual administração do Brasil.

Procuro entender as dificuldades governamentais e imaginando como estaria nosso país em caso de reeleição do governo passado.

Estamos apenas a um ano e seis meses tendo que enfrentar a tragédia no Estado do Rio Grande do Sul e recebido o país com os cofres praticamente zerados.

Tenho certeza que ao final do mandato do Lula o Brasil estará bem melhor que antes e seu índice de aceitação repetirá o da última vez 87%.

Viva o Brasil!



12/06/24

Pedro Parente