VALORIZAÇÃO DO TRABALHO
Tenho ouvido, algumas pessoas reclamando, muito indignadas por não encontrar mais pessoas dispostas a prestar serviços nas casas de moradia, na forma de “bico”.
Essas pessoas no final da tarefa eram remuneradas com um prato de comida e um pouco de dinheiro insuficientes no trato de si próprio e muito menos de sua família.
Parece que o tempo mudou e ensinou alguma coisa aos menos protegidos pela sorte de não terem nascido em família pródiga.
Foi-se o tempo em que no anúncio da venda de imóveis, constava: “Apartamento com quarto de empregada” discriminando aquela pessoa humana que por vezes desempenhava a função de mãe.
Sem hora de folga, levantava-se cedinho para preparar o café e ia trabalhando até servir o jantar ou a ceia. Após lavar a louça, banho e cama. Exausta não tinha ânimo de ir à rua, também porque naquele horário o comércio já estava fechado restando apenas bares e restaurantes.
Muitos falam que “são vagabundos e não querem trabalhar!”.
“Ledo engano!”
Ao longo de vários anos após aplicação de vários projetos sociais aprenderam a valorizar seu esforço pessoal, seu trabalho.
Na minha maneira de ver essa transformação, percebo um avanço da classe operária, não aqueles que exercem suas funções em grandes empresas e que não podem administrar seus salários restando a eles apenas aceitar aquilo que lhes impõem.
Me refiro aos autônomos.
Por exemplo, uma boa diarista que tenha sua agenda lotada e é fato comum, cobra R$200,00 (duzentos reais) o dia. Se ela quiser trabalhar somente cinco dias da semana estará recebendo mil reais. O mês tem quatro semanas ela apura R$4.000,00. Recebe a vista, sem nenhum desconto e burocracia de recibos, folha de pagamento. Tem o final de semana livre para seu descanso e lazer com a família. Administra seu trabalho e orçamento, se quiser paga a previdência através de carnê.
Vida muito mais digna e decente!
27/06/2024
Pedro Parente
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